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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

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ministério da educação

A fantástica fábrica de chocolates

(que não era nada fantástica e fez tudo errado)

“Histórias para devorar” é uma série especial da página da Unidade EMBRAPII do IFSP, dedicada a contar histórias sobre inovação e transformação de alimentos nossos do dia-a-dia, com informações, curiosidades e bom humor.

No começo dos anos 1970, a americana Quaker Oats Company, que produzia cereais matinais, especialmente aveia, decidiu que queria entrar no ramo de doces, e lançar sua própria marca de chocolate. A ideia evoluiu para uma campanha de marketing enorme, e a empresa topou financiar a adaptação para cinema de um livro chamado Charlie and the chocolate factory.

Escrito pelo britânico Roald Dahl (1916 – 1990), o livro, publicado em 1964, conta a história de um menino pobre, Charlie, que visita uma fábrica de chocolates. A Quaker viu ali o veículo perfeito para anunciar seu chocolate, mas exigiu uma mudança: o filme deveria se concentrar em outro personagem, o dono da fábrica, um sujeito maluco chamado Willy Wonka!

A jogada de marketing era genial: junto com o filme, a Quaker lançaria o chocolate Wonka, apostando que o sucesso do longa-metragem faria milhares de crianças correrem atrás das barras (como na história!). Quem ficou com o papel principal foi Gene Wilder (1933 – 2016), e o filme chegou aos cinemas em setembro de 1971. Mas aí aconteceu um problema. Dos grandes: As barras de chocolate Wonka derreteram nas prateleiras.

Por causa de um erro na formulação (não tinha Unidade EMBRAPII naquela época, para ajudar) e a pressa em colocar o produto no mercado, o chocolate derretia mesmo na temperatura ambiente, e as barras Wonka praticamente não foram vendidas, dando um prejuízo milionário para a Quaker. E o filme? Bem, o filme também foi um fracasso.

Apesar das críticas positivas, a bilheteria também deu prejuízo – o que levou a Quaker e a Paramount, estúdio produtor do filme, a venderem a marca Wonka e os direitos do longa-metragem. Porém, já nos anos 80 e com a popularização dos videocassetes, o filme foi redescoberto, tornou-se querido, e as barras Wonka voltaram a ser produzidas, dessa vez pela Nestlè.

DE ONDE VEIO ESSA HISTÓRIA?

CARAMANNA, Carly. The Truth Behind Nestle’s Real Willy Wonka Candy Company. 26 de janeiro de 2021. Disponível em <www.mashed.com/320305/the-truth-behind-nestles-real-willy-wonka-candy-company>. Acesso em 28 de junho de 2025.

CBC Radio. The real reason Charlie became Willy Wonka. 12 de janeiro de 2023. Disponível em <www.cbc.ca/radio/undertheinfluence/the-real-reason-charlie-became-willy-wonka-1.6711449>. Acesso em 28 de junho de 2025.

KAMAL, Nathan. Willy Wonka & The Chocolate Factory Was Financed By Oats. 2023. Disponível em <www.giantfreakinrobot.com/ent/willy-wonka-chocolate-financed-oats.html>. Acesso em 28 de junho de 2025.

CRÉDITOS

Pesquisa e redação do artigo
Vinício dos Santos – Comunicação EMBRAPII IFSP

Imagens geradas via Inteligência Artificial Google Gemini.

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